Corpo Discente - Egressos

Rosângela Campelo de Oliveira Tourinho
TítuloAvaliação da atividade antimicrobiana de um corante do babaçu attalea speciosa frente à bactérias de importância para saúde humana.
Data da Defesa11/10/2021
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Banca

ExaminadorInstituiçãoAprovadoTipo
Prof.ª Dr.ª Gabriela Dantas CarvalhoUniversidade Federal do MaranhãoSimTitular
Prof. Dr. Fabrício Pires de Moura do AmaralUniversidade Estadual do PiauíSimPresidente
Prof. Dr. Ney Rômulo de Oliveira PaulaUniversidade Federal do PiauíSimSuplente
Prof. Dr. Rômulo José VieiraUniversidade Federal do PiauíSimTitular
Palavras-ChavesAntimicrobianos. Babaçu. Bactérias. Corantes.
ResumoRESUMO O babaçu (Orbignya speciosa Mart. ex Spreng, recentemente denominado de Attalea speciosa Mart. ex Spreng) é uma espécie vegetal amplamente distribuída pelo território nacional brasileiro, especialmente nos estados do Maranhão e do Piauí. Esse produto natural, além de demonstrar relevância econômica na indústria alimentícia e têxtil, destaca-se por suas potenciais atividades biológicas como ação antitrombolítica, imunomoduladora, anticancerígena, ativação de macrófagos, efeito cicatrizante, anti-inflamatória, antioxidante, bem como importante ação antimicrobiana. Desse modo, este estudo teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana de um corante do mesocarpo babaçu (MB), frente a diferentes cepas bacterianas de importância para saúde humana. Após a extração do MB, um corante ainda muito pouco explorado, essa substância foi submetida à Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR); a Análise Térmica Simultânea (TGA/DSC) e a Difração de Raios-X (DRX). Em seguida, foram realizadas avaliações da atividade antimicrobiana in vitro do corante do babaçu para a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), pela técnica de microdiluição em caldo, frente a quatro cepas Gram-positivas: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Enterococcus faecalis, Enterococcus faecalis (presença do gene vanB, que confere resistência à vancomicina) e duas cepas Gram-negativas: Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, além da análise de Microscopia de Força Atômica (MFA) frente a cepa de S. epidermidis. Como resultados observados, a análise físico-química sugere que possivelmente o corante do babaçu é constituído por uma molécula de tanino. Em relação à avaliação antimicrobiana, dentre as seis linhagens bacterianas avaliadas somente as espécies Gram-positivas, com exceção da espécie E. faecalis – vanB, demonstraram perfis de susceptibilidade ao corante do babaçu, variando a CIM de 1.250 µg/mL a 19,53 µg/mL, não se observando ação significativa sobre bactérias Gram-negativas analisadas. Entre as cepas bacterianas, Gram-positivas, utilizadas neste estudo, foi sobre S. epidermidis que o corante do babaçu demonstrou melhor potencial antibacteriano (CIM: 19,53 µg/mL), sendo assim, essa cepa foi submetida à análise por MFA e como resultado evidenciou-se um aumento de tamanho nas bactérias tratadas com concentração sub-inibitória/sub-CIM (Z = 2,8 µm), comparadas ao controle (bactérias não tratadas, Z = 2,2 µm). As bactérias tratadas com Concentração Inibitória Mínima (CIM = 19,53 µg/mL) apresentaram-se destruídas com completa perda do formato característico (cocos), demonstrando a provável característica bactericida do corante do babaçu. A literatura evidencia que a farinha do mesocarpo do babaçu possui atividade antibacteriana contra cepas Gram-positivas (S. aureus, S. epidermidis e E. faecalis), e possivelmente a totalidade desse efeito biológico é em virtude do corante do mesocarpo do babaçu, pois, cerca de 60% da composição do MB é amido (substância inócua). Diante disso, os resultados obtidos neste trabalho revelaram o potencial antibacteriano do corante do babaçu para o enfrentamento de micróbios que podem prejudicar a saúde humana. Adicionalmente, mais estudos com essa substância devem ser realizados para melhor compreender suas atividades biológicas, perfil toxicológico e sua possível exploração em formulações antibacterianas.
AbstractABSTRACT Babassu (Orbignya speciosa Mart. ex Spreng, recently named Attalea speciosa Mart. ex Spreng) is a plant species widely distributed throughout the brazilian national territory, especially in the states of Maranhão and Piauí. This natural product, in addition to demonstrating economic relevance in the food and textile industry, stands out for its potential biological activities such as antithrombolytic, immunomodulating, anticancer, macrophage activation, healing, antiinflammatory, antioxidant, as well as important antimicrobial action. Thus, this study aimed to evaluate the antimicrobial activity of a babassu mesocarp dye (BM), against different bacterial strains of importance for human health. After extracting the dye from the BM, a dye that is still poorly explored explored, and this substance was subjected to Fourier Transform Infrared Spectroscopy (FTIR); Thermal Analysis (TGA/DSC) and X-Ray Diffraction (DRX). Then, in vitro antimicrobial activity evaluations of the babassu dye were carried out to determine the Minimum Inhibitory Concentration (MIC), by the broth microdilution technique, against four Gram-positive strains: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Enterococcus faecalis, Enterococcus faecalis (presence of the vanB gene, which confers resistance to Vancomycin) and two Gram-negative strains: Escherichia coli and Pseudomonas aeruginosa, in addition to the analysis of Atomic Force Microscopy (AMF) against the S. epidermidis strain. As observed results, the physicochemical analysis suggested that possibly the babassu dye it is constituted of a tannin molecule. Regarding the antimicrobial evaluation, among the six bacterial strains evaluated, only the Gram-positive strains, with the exception of the species E. faecalis – vanB, demonstrated susceptibility profiles to the babassu dye, varying the MIC from 1,250 µg/mL to 19.53 µg/ml, no significant action was observed on Gram-negative bacteria analyzed. Among the Gram-positive bacterial strains used in this study, it was on S. epidermidis that the babassu dye showed the best antibacterial potential (MIC: 19.53 µg/mL), thus, this strain was subjected to analysis by atomic force microscopy and as a result there was an increase in size in bacteria treated with sub-inhibitory concentration/Sub-MIC (Z = 2.8 µm), compared to the control (non-bacterial treated, Z = 2.2 µm). Bacteria treated with Minimal Inhibitory Concentration (MIC = 19.53 µg/mL) were destroyed with complete loss of the characteristic shape (coconuts), demonstrating the probable bactericidal characteristic of the babassu dye. The literature shows that the babassu mesocarp flour has antibacterial activity against Gram-positive strains (S. aureus, S. epidermidis and E. faecalis), and possibly the entirety of this biological effect is due to the dye of the babassu mesocarp, as, about 60% of the MB composition is starch (harmless substance). Therefore, the results obtained in this work revealed the antibacterial potential of the babassu dye to fight microbes that can harm human health. Additionally, more studies with this substance must be carried out, to better understand its biological activities, toxicological profile and its possible exploration in antibacterial formulations.
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